Eduardo Amorim; Lucas Arguello Aragão. 2021. Campomanesia hirsuta (Myrtaceae). Lista Vermelha da Flora Brasileira: Centro Nacional de Conservação da Flora/ Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro.
Espécie endêmica do Brasil (Oliveira et al., 2020), com distribuição: no estado do Rio de Janeiro — nos municípios Itatiaia, Macaé, Miguel Pereira, Miracema, Petrópolis, Resende e Teresópolis.
Campomanesia hirsuta ocorre na Mata Atlântica, em Florestas Ombrófilas. Apresenta AOO= 40km² e seis situações de ameaça. Considera-se a agricultura e as atividade pecuaristas como os vetores de ameaça que possam levar as subpopulações à extinção e, as ocorrências em Áreas Protegidas como situações distintas. A espécie apresenta perdas significativas do seu AOO em virtude das conversões territoriais das atividades agropecuárias. Assim, infere-se declínio de qualidade de habitat. Assim, C. hirsuta foi avaliada como Vulnerável (VU) à extinção. Recomendam-se ações de pesquisa (busca por novas áreas de ocorrência, censo e tendências populacionais, estudos de viabilidade populacional) e conservação (Planos de Ação, Cumprimento de efetividade de Unidade de Conservação e Conservação ex situ) urgentes a fim de se garantir sua perpetuação na natureza, pois as pressões verificadas ao longo de sua distribuição podem ampliar seu risco de extinção.
| Ano da valiação | Categoria |
|---|---|
| 2015 | EN |
| 2012 | EN |
Descrita em: London J. Bot. 2: 353, 1843. É reconhecida pelos ramos novos hirsutos, vilosos. Lâminas foliares cobertas por tricomas; cobertas esparsamente por glândulas; planas, lisas, não rugosas; face adaxial hirsuta ou vilosa ao longo das nervuras, nervação perceptível; ápice agudo ou acuminado. Brácteas naviculares; bractéolas em comprimento maior que o do hipanto; hipanto sem expansão ao seu redor; sépalas (lobos do cálice) cobertas densamente por glândulas, iguais entre si, não naviculares, não reflexas; pétalas cobertas esparsamente por glândulas. Frutos subglobosos, glandulares, lisos; sépalas (lobos do cálice) persistentes não reflexas (Oliveira et al., 2020). A espécie foi avaliada como Em Perigo (EN, B1+2c) na Lista Vermelha da IUCN (World Conservation Monitoring Centre, 1998).
| Estresse | Ameaça | Declínio | Tempo | Incidência | Severidade |
|---|---|---|---|---|---|
| 1.1 Ecosystem conversion | 2.3.4 Scale Unknown/Unrecorded | habitat,occupancy,occurrence | past,present,future | regional | high |
| De acordo com o Atlas das Pastagens Brasileiras, os municípios Itatiaia (RJ), Macaé (RJ), Miguel Pereira (RJ), Miracema (RJ), Petrópolis (RJ), Resende (RJ) e Teresópolis (RJ) possuem, respectivamente, 21,05% (5074ha), 45,98% (55954ha), 30,85% (8883ha), 68,42% (20751ha), 18,26% (14446ha), 36,91% (40576ha) e 17,18% (13285ha) de seus territórios convertidos em áreas de pastagem, segundo dados de 2019 (Lapig, 2021). De acordo com o MapBiomas, os municípios Itatiaia (RJ), Macaé (RJ), Miguel Pereira (RJ), Miracema (RJ), Petrópolis (RJ), Resende (RJ) e Teresópolis (RJ) possuem, respectivamente, 17,71% (4269ha), 44,77% (54488ha), 31,1% (8956ha), 68,78% (20860ha), 18,22% (14418ha), 35,32% (38828ha) e 17,15% (13261ha) de seus territórios convertidos em áreas de pastagens, segundo dados de 2019 (MapBiomas, 2021). | |||||
Referências:
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| Estresse | Ameaça | Declínio | Tempo | Incidência | Severidade |
|---|---|---|---|---|---|
| 1.2 Ecosystem degradation | 7.1.3 Trend Unknown/Unrecorded | habitat,occupancy,occurrence | past,present,future | regional | medium |
| Um total de 12,55% (3,01km²) da AOO útil da espécie queimaram em 2019 [Formação Florestal (6,46%), Pastagem (3,96%), Mosaico Agricultura e Pastagem (2,13%)]. Um total de 13,07% (1941,11km²) da EOO útil da espécie queimaram em 2019 [Agricultura (3,86%), Pastagem (3,86%), Formação Florestal (3,79%), Mosaico Agricultura e Pastagem (1,55%), Formação Natural não Florestal (0,01%)] (MapBiomas-Fogo, 2021). | |||||
Referências:
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| Ação | Situação |
|---|---|
| 5.1.2 National level | on going |
| A espécie ocorre no território de abrangência do Plano de Ação Nacional para a conservação da flora endêmica ameaçada de extinção do estado do Rio de Janeiro (Pougy et al., 2018). | |
Referências:
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| Ação | Situação |
|---|---|
| 5.1.2 National level | on going |
| A espécie foi avaliada como Em Perigo (EN) e está incluída no ANEXO I da Lista Nacional Oficial de Espécies da Flora Ameaçadas de Extinção (MMA, 2014). | |
Referências:
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| Ação | Situação |
|---|---|
| 1.1 Site/area protection | on going |
| A espécie foi registrada nas seguintes Unidades de Conservação: Área de Proteção Ambiental de Petrópolis, Área de Proteção Ambiental Serra da Mantiqueira, Parque Nacional da Serra dos Órgãos, Parque Nacional do Itatiaia e Reserva Biológica União. | |
| Ação | Situação |
|---|---|
| 5.1.3 Sub-national level | on going |
| A espécie foi avaliada como EX na lista oficial das espécies da flora ameaçadas de extinção no Estado de Santa Catarina (CONSEMA, 2014). | |
Referências:
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| Uso | Proveniência | Recurso |
|---|---|---|
| 1. Food - human | natural | fruit |
| A árvore é muito rara na natureza, mas foi colhida por seus frutos comestíveis. Frutas cruas ou cozidas têm sabor ácido, são ideais para geleias e sucos (Tropical Plants Database, 2021). | ||
Referências:
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